O desafio de sermos humanos

Em um tempo em que a velocidade e os limites entre o real e o virtual convergem cada dia mais, a humanidade busca encontrar o equilíbrio saudável, ético e adequado entre seres humanos e a tecnologia.

Nesta corrida, nosso maior desafio é outro — é sermos essencialmente humanos.

Desde as transformações da Revolução Industrial, a grande dúvida é se, um dia, as máquinas se tornarão tão evoluídas ao ponto de substituir o trabalho humano.

Mas não precisamos voltar tanto no tempo — as ferramentas digitais que surgiram nos últimos 20 anos mudaram completamente as relações humanas em todas as esferas.

Com efeito, a tecnologia é capaz de realizar processos com uma agilidade incomparável à mão de obra humana.

Mesmo o ser humano mais capacitado e preparado não consegue acompanhar e executar atividades ininterruptamente ou na velocidade de uma máquina.

Mas o que realmente nos diferencia da tecnologia é a inteligência emocional e espiritual.

Esses dois aspectos da natureza humana são responsáveis pela empatia, valores, virtudes, relacionamentos, motivação e diversas outras habilidades interpessoais que definem nossa essência.

Não existe inteligência se ela é puramente racional e, tampouco, se for apenas emocional. É o equilíbrio entre os dois extremos que define o ser humano. Da união entre essas duas forças, surge a inovação.

Por isso, o desenvolvimento da tecnologia depende do conhecimento milenar, abrangente, flexível e adaptável da experiência intrinsecamente humana.

Líderes de diversas indústrias já adotam esse conceito. A união da tecnologia às vantagens humanas leva a uma produtividade sem precedentes.

Este modelo de negócios híbrido, com uma metodologia ágil, equipa a empresa para conquistar resultados “biônicos”.

Máquina e homem precisam coexistir em uma espécie de mutualismo, onde um beneficia o outro para alcançar o potencial máximo. Ou seja: não seremos substituídos tão cedo.

Eu, particularmente, acredito que nunca vamos ser. O futuro do ser humano não é o “robô” — é o homem biônico. É o que acreditamos na Leev: vemos a tecnologia como aliada da humanidade, não concorrente.

Precisamos ter a consciência de que não podemos viver no automático, pois nesse quesito, as máquinas são bem melhores.

Emerson Kuze, sócio-fundador da Leev Business Advisors, CEO da IKSTech e membro do comitê de gestão da +praTi