A transformação digital é um processo de evolução contínuo e fundamental para qualquer negócio que almeje a longevidade no mercado.

Nas últimas décadas, as empresas têm investido cada vez mais em softwares para automatizar processos e aprimorar a gestão. Um estudo da Fujitsu, empresa japonesa líder em tecnologia da informação e comunicação (TIC), confirmou a automação como chave para a eficiência operacional. Mais do que qualquer outra coisa, o setor industrial investe em automação, com 76,8% em planejamento de projetos nos próximos meses, segundo a mesma pesquisa.

Entre diversas melhorias, as tecnologias, incluindo os softwares principalmente, trouxeram uma quantidade significativa de informações e dados. Utilizando-se apenas de software e da capacidade humana, é inviável analisá-los neste volume e nesta granularidade. O próximo salto no ganho de eficiência, portanto, é apostar em tecnologias que aprimorem o processo de depuração. Esse salto é a Inteligência Artificial.

Considerada uma das principais tendências tecnológicas pela Gartner, a IA ainda não tem uma adesão forte na América Latina. Segundo pesquisa da consultoria everis — que abrangeu Brasil, México, Chile, Argentina, Colômbia e Peru —, 55% dos executivos disseram que suas organizações aplicam em IA menos de 10% dos recursos destinados a TI. Paralelamente, cerca de 90% dos executivos acham que esses valores são insuficientes e que falta capital para projetos na área.

Por outro lado, entre os seis países estudados — que concentram cerca de 85% do PIB da região —, o Brasil lidera na implantação de inteligência artificial, em investimento, em recursos envolvidos e na diversidade de aplicações.

Em outras palavras, está na hora dos executivos e líderes brasileiros expandirem a visão sobre as tecnologias necessárias para manter uma empresa competitiva atualmente. Não é preciso parar de olhar para o software — ele faz parte e continuará integrado à transformação digital.

Mas, para haver ganhos exponenciais dentro das organizações, é necessário implementar soluções de Big Data que possam processar esse volume de dados – tanto interna quanto externamente à organização. Além disso, a Inteligência Artificial, ao longo da sua cadeia de valor, antecipa decisões e confere a possibilidade de extrair o maior valor possível dos dados.

Ou seja, é hora de trabalhar os dados com muito mais assertividade e inteligência, com o apoio de ferramentas mais avançadas. A sua empresa e o seu time estão preparados para isso?

Em um tempo em que a velocidade e os limites entre o real e o virtual convergem cada dia mais, a humanidade busca encontrar o equilíbrio saudável, ético e adequado entre seres humanos e a tecnologia.

Nesta corrida, nosso maior desafio é outro — é sermos essencialmente humanos.

Desde as transformações da Revolução Industrial, a grande dúvida é se, um dia, as máquinas se tornarão tão evoluídas ao ponto de substituir o trabalho humano.

Mas não precisamos voltar tanto no tempo — as ferramentas digitais que surgiram nos últimos 20 anos mudaram completamente as relações humanas em todas as esferas.

Com efeito, a tecnologia é capaz de realizar processos com uma agilidade incomparável à mão de obra humana.

Mesmo o ser humano mais capacitado e preparado não consegue acompanhar e executar atividades ininterruptamente ou na velocidade de uma máquina.

Mas o que realmente nos diferencia da tecnologia é a inteligência emocional e espiritual.

Esses dois aspectos da natureza humana são responsáveis pela empatia, valores, virtudes, relacionamentos, motivação e diversas outras habilidades interpessoais que definem nossa essência.

Não existe inteligência se ela é puramente racional e, tampouco, se for apenas emocional. É o equilíbrio entre os dois extremos que define o ser humano. Da união entre essas duas forças, surge a inovação.

Por isso, o desenvolvimento da tecnologia depende do conhecimento milenar, abrangente, flexível e adaptável da experiência intrinsecamente humana.

Líderes de diversas indústrias já adotam esse conceito. A união da tecnologia às vantagens humanas leva a uma produtividade sem precedentes.

Este modelo de negócios híbrido, com uma metodologia ágil, equipa a empresa para conquistar resultados “biônicos”.

Máquina e homem precisam coexistir em uma espécie de mutualismo, onde um beneficia o outro para alcançar o potencial máximo. Ou seja: não seremos substituídos tão cedo.

Eu, particularmente, acredito que nunca vamos ser. O futuro do ser humano não é o “robô” — é o homem biônico. É o que acreditamos na Leev: vemos a tecnologia como aliada da humanidade, não concorrente.

Precisamos ter a consciência de que não podemos viver no automático, pois nesse quesito, as máquinas são bem melhores.

Emerson Kuze, sócio-fundador da Leev Business Advisors, CEO da IKSTech e membro do comitê de gestão da +praTi