Internet 5G sendo implementada, 6G já em estudo, satélites de baixa altitude, inteligência artificial, blockchain, cloud computing, edge computing, internet das coisas, computação quântica, realidade virtual (8K), impressão 3D, metaverso…

Estas são algumas das diversas tecnologias que conhecemos e já utilizamos em maior ou menor grau. Pouco tempo atrás, elas eram consideradas partes de futuro distante, porém, a humanidade evoluiu tanto nas últimas décadas que paira a dúvida: para onde vamos a partir de agora? Será que seremos sábios em utilizar todo esse potencial?

A resposta para essa pergunta pode ser encontrada ao olharmos para o passado e resgatarmos, por exemplo, a revolução tecnológica que aconteceu na virada do milênio. O fim do século XX foi marcado pela democratização da internet, que transformou a forma como nos comunicamos a partir do momento em que ela entrou nas nossas casas. Logo, com o desenvolvimento da infraestrutura de telecomunicação, apareceram os smartphones no início do século XXI e mais uma vez mudamos a nossa forma de nos comunicar. Qual o resultado dessas duas inovações? A democratização do acesso à informação! E aqui cabe reforçar que a palavra-chave não é “tecnologia”, mas sim “combinação e democratização”.

A troca ágil de informações através das mídias sociais e a tamanha mobilidade da comunicação levou a um mundo globalizado e conectado, o que só é possível graças à combinação das tecnologias. Esta foi uma revolução em diversos sentidos, especialmente comportamental, para os seres humanos como indivíduos e como consumidores.

Para ampliar o tópico, vamos analisar o caso dos carros autônomos e seus entraves tecnológicos. Como, atualmente, com tanta evolução, ainda não temos uma produção em larga escala desses veículos? As tecnologias combinadas ainda não estão democratizadas e suficientemente maturas para viabilizarem o volume da frota que depende da intervenção humana para funcionar. Além disso, temos a questão da infraestrutura de tecnologia e telecomunicação e também a evolução da inteligência artificial e dos algoritmos utilizados para termos maior precisão.

Isso se dá por diversos motivos, seja ele o preço, a usabilidade, o acesso, entre outros. Tudo isso aponta para um futuro cada vez mais certeiro. Essa ideia, somada às ferramentas emergentes de 2022, reforçam a minha tese de que a próxima revolução virá da união das tecnologias e, consequentemente, da democratização do acesso a elas. Essa transformação é, sim, muito capitaneada pela Inteligência Artificial (IA), afinal ela é o cérebro da conexão e da operação das tecnologias. Assim, quanto melhor as outras tecnologias forem empregadas e exploradas, o avanço será ainda maior. Porém, ela só será viabilizada pela combinação e utilização das mais diversas tecnologias que estão surgindo junto com o emprego de novos conhecimentos pelo ser humano.

E o metaverso onde entra nesta transformação toda? Ele é um excelente exemplo de combinação de tecnologias – da realidade virtual, onde um ambiente 3D criado por computador simula o mundo real, da realidade aumentada, que combina aspectos dos mundos virtual e físico e insere elementos virtuais no mundo real, da realidade mixada, onde existe uma interação real com objetos virtuais, ou seja, mescla a realidade virtual e aumentada, e, por fim, da web 3.0 e da NFT, que têm a capacidade de vender produtos que não existem no mundo físico.

Ou seja, assim como no passado, a mudança está mais próxima do que pensamos. Ao longo da próxima década, a tendência é que veremos a união das tecnologias já existentes que ainda não são amplamente acessíveis, bem como de suas sucessoras, com o objetivo de integrá-las ao dia a dia. Em outras palavras, sim: a democratização e a combinação de tecnologias realmente serão o próximo salto de revolução da humanidade!

Você está preparado?

A transformação digital é um processo de evolução contínuo e fundamental para qualquer negócio que almeje a longevidade no mercado.

Nas últimas décadas, as empresas têm investido cada vez mais em softwares para automatizar processos e aprimorar a gestão. Um estudo da Fujitsu, empresa japonesa líder em tecnologia da informação e comunicação (TIC), confirmou a automação como chave para a eficiência operacional. Mais do que qualquer outra coisa, o setor industrial investe em automação, com 76,8% em planejamento de projetos nos próximos meses, segundo a mesma pesquisa.

Entre diversas melhorias, as tecnologias, incluindo os softwares principalmente, trouxeram uma quantidade significativa de informações e dados. Utilizando-se apenas de software e da capacidade humana, é inviável analisá-los neste volume e nesta granularidade. O próximo salto no ganho de eficiência, portanto, é apostar em tecnologias que aprimorem o processo de depuração. Esse salto é a Inteligência Artificial.

Considerada uma das principais tendências tecnológicas pela Gartner, a IA ainda não tem uma adesão forte na América Latina. Segundo pesquisa da consultoria everis — que abrangeu Brasil, México, Chile, Argentina, Colômbia e Peru —, 55% dos executivos disseram que suas organizações aplicam em IA menos de 10% dos recursos destinados a TI. Paralelamente, cerca de 90% dos executivos acham que esses valores são insuficientes e que falta capital para projetos na área.

Por outro lado, entre os seis países estudados — que concentram cerca de 85% do PIB da região —, o Brasil lidera na implantação de inteligência artificial, em investimento, em recursos envolvidos e na diversidade de aplicações.

Em outras palavras, está na hora dos executivos e líderes brasileiros expandirem a visão sobre as tecnologias necessárias para manter uma empresa competitiva atualmente. Não é preciso parar de olhar para o software — ele faz parte e continuará integrado à transformação digital.

Mas, para haver ganhos exponenciais dentro das organizações, é necessário implementar soluções de Big Data que possam processar esse volume de dados – tanto interna quanto externamente à organização. Além disso, a Inteligência Artificial, ao longo da sua cadeia de valor, antecipa decisões e confere a possibilidade de extrair o maior valor possível dos dados.

Ou seja, é hora de trabalhar os dados com muito mais assertividade e inteligência, com o apoio de ferramentas mais avançadas. A sua empresa e o seu time estão preparados para isso?

Muito se fala em transformação digital no varejo – que obviamente começa por revisitar questões de cultura, pessoas, liderança, design organizacional e modelos de negócio.

No entanto, temos que estar atentos às mudanças sociais e econômicas em geral, tais como comportamentos das pessoas, mercados, evolução da ciência e tecnologia, velocidade das mudanças, etc.

Mesmo assim, isso tudo pode não ser suficiente. É preciso algo mais…

O objetivo deste texto é reforçar que, no varejo em específico, a transformação digital e de negócio não vai estar completa ou estrategicamente endereçada se não for feita no nível dos processos core de negócio, tais como inteligência comercial (e.g. AI/ML, Analytics, Merchandise Planning, Demand Forecasting, etc.), ciclo de vida dos produtos, gestão dos estoques end-to-end, supply chain, canais de venda, relacionamento com o cliente em todos os ambientes (físicos ou digitais) e Omni-Intelligence, que representa a dimensão de um profundo conhecimento do cliente e sua jornada de interação nos diferentes pontos de contato, do mercado, de produto e serviços, através de dados e de todo o saber relacionado.

A reflexão que quero trazer é que ainda é comum observarmos empresas de médio e grande porte executando os seus processos core – tais como ciclo de vida de produtos – de forma totalmente manual ou, eventualmente, analógica.

Outros exemplos são a tentativa de operar processos de previsão de demanda e reposição de produtos manualmente ou recorrendo a técnicas antigas (podendo algumas delas ser consideradas rudimentares) e não otimizadas para os desafios atuais.

Em contrapartida, em outros processos de back-office, os investimentos em softwares e tecnologias são milionários – o que não está necessariamente errado.

Líderes, principalmente diretores e conselheiros, têm que avaliar esta questão com muita profundidade, fazendo perguntas para si, para seus pares e demais líderes na empresa:

O que é esse negócio? O que sustenta esse negócio? Qual origem e essência deste negócio? O que pode tirar esse negócio do mercado? Quais ações de transformação podem ser feitas na causa raiz que vão beneficiar toda a cadeia?

Por fim, fica a provocação de que aproximadamente 90% do que lemos e ouvimos não parece necessariamente novo, o que demonstra estar faltando execução e entrega de valor!

Emerson Kuze, sócio-fundador da Leev Business Advisors, CEO da IKSTech e membro do comitê de gestão da +praTi

Em um tempo em que a velocidade e os limites entre o real e o virtual convergem cada dia mais, a humanidade busca encontrar o equilíbrio saudável, ético e adequado entre seres humanos e a tecnologia.

Nesta corrida, nosso maior desafio é outro — é sermos essencialmente humanos.

Desde as transformações da Revolução Industrial, a grande dúvida é se, um dia, as máquinas se tornarão tão evoluídas ao ponto de substituir o trabalho humano.

Mas não precisamos voltar tanto no tempo — as ferramentas digitais que surgiram nos últimos 20 anos mudaram completamente as relações humanas em todas as esferas.

Com efeito, a tecnologia é capaz de realizar processos com uma agilidade incomparável à mão de obra humana.

Mesmo o ser humano mais capacitado e preparado não consegue acompanhar e executar atividades ininterruptamente ou na velocidade de uma máquina.

Mas o que realmente nos diferencia da tecnologia é a inteligência emocional e espiritual.

Esses dois aspectos da natureza humana são responsáveis pela empatia, valores, virtudes, relacionamentos, motivação e diversas outras habilidades interpessoais que definem nossa essência.

Não existe inteligência se ela é puramente racional e, tampouco, se for apenas emocional. É o equilíbrio entre os dois extremos que define o ser humano. Da união entre essas duas forças, surge a inovação.

Por isso, o desenvolvimento da tecnologia depende do conhecimento milenar, abrangente, flexível e adaptável da experiência intrinsecamente humana.

Líderes de diversas indústrias já adotam esse conceito. A união da tecnologia às vantagens humanas leva a uma produtividade sem precedentes.

Este modelo de negócios híbrido, com uma metodologia ágil, equipa a empresa para conquistar resultados “biônicos”.

Máquina e homem precisam coexistir em uma espécie de mutualismo, onde um beneficia o outro para alcançar o potencial máximo. Ou seja: não seremos substituídos tão cedo.

Eu, particularmente, acredito que nunca vamos ser. O futuro do ser humano não é o “robô” — é o homem biônico. É o que acreditamos na Leev: vemos a tecnologia como aliada da humanidade, não concorrente.

Precisamos ter a consciência de que não podemos viver no automático, pois nesse quesito, as máquinas são bem melhores.

Emerson Kuze, sócio-fundador da Leev Business Advisors, CEO da IKSTech e membro do comitê de gestão da +praTi